Foram algumas semanas de debate, artigos de opinião e conversa entre os trofenses. Foram também relatórios elaborados pela “tal comissão” e opiniões enviadas pelos trofenses à câmara municipal da Trofa. Toda esta legítima participação democrática redundou num empate técnico claro entre as opções em jogo em todos os campos. Nenhuma opinião foi maioritária na comunicação social e até o relatório elaborado conduziu também a um empate entre as opções, não sendo possível a partir somente daqui fazer escolhas.
Contudo foi necessário agir, foi imprescindível fazer escolhas e avançar. E a Câmara Municipal da Trofa assim o fez, e hoje existe local, existe ambição e existe força para erguer este edifício que será um símbolo da identidade trofense.
A meu ver o povo está ao lado desta decisão. Está ao lado da escolha do local mais barato, mais acessível e mais ávido de reabilitação. Mas não tenho a prepotência de falar pelo povo. Aliás, enjeito que alguém ou algum grupo tenha a sobranceria de querer passar à opinião pública uma virtualidade. E de virtualidades vivem os vereadores do PSD perante a decisão tomada. Dizem que o estudo encomendado dá vantagem clara a alguns locais, quando se verifica um empate técnico no referido estudo e dizem que o local é geograficamente inapropriado, quando a Estação é o local que estará mais e melhor acessível a todas as freguesias do concelho. Depois, seria interessante saber em que estudos de opinião ou referendos se baseiam para poderem falar das opiniões do povo. Aliás, se as opiniões vinculadas na comunicação social servirem de pequena amostra, também aí reside um empate. Pensava-se que a ultima derrota eleitoral permitiria aos vereadores sociais democratas da Trofa obter mais humildade para melhor servir o povo e não para se substituírem ao povo.
Interessante verificar que aqueles que não tiveram a coragem de decidir venham agora dizer que poderia ser escolhido qualquer local, excepto o que se decidiu. Durante o seu mandato como vereadora, muitas vezes Joana Lima questionou o anterior executivo sobre o local a escolher e as respostas foram sempre adiadas. Agora, afinal, parece que o PSD já tinha algumas decisões tomadas, mas nunca tiveram a coragem de as comunicar ao povo. Mais interessante ainda, os vereadores da oposição rejeitam uma das opções que os próprios consideraram e levaram a estudo. Em suma, um aglomerado de contradições e incongruências e de falta de coragem politica. Sim, falta de coragem, porque mesmo agora o PSD apenas é capaz de eliminar uma opção, a mais conveniente de eliminar, e não consegue decidir uma única localização ideal. De um facto estou convicto, os trofenses querem a obra e esperam um sentido cívico e de responsabilidade apurados do maior partido da oposição, para que não sejam estes um entrave ao desenvolvimento do concelho.
Na Trofa, hoje, age-se positivamente, com coragem e com decisões. Avança-se e desenvolve-se nas mais variadas áreas. E o grande fluxo de opiniões a que se assiste neste jornal, por exemplo, é um sinal da nova vitalidade que abarca o concelho, é uma demonstração de uma nova politica mais justa, mais transparente e mais séria que faz um forte apelo à participação popular.
Perante isto é elementar reconhecê-lo: finalmente, decisão!
Marco Ferreira
in Jornal da Trofa
in Jornal da Trofa
1 comentário:
Acho muito bem! concordo plenamente com a decisão do executivo, e contigo Marco.
Depois de tanto tempo sem decidir nada, é preciso ter lata pra ainda vir criticar! se o executivo não tivesse mudado, era obvio que andariam mais 4 anos a pagar valores astronómicos de rendas! Eles estão muito preocupados, porque pra muitos a "mama" acabou! sim, acabou!
Parabéns ao actual executivo!
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