Na sociedade, nas empresas, nas associações, os líderes distinguem-se pela capacidade de falar claro, de falar simples, de falar verdade àqueles que por si são liderados. Assim também é na política.
Saber onde e como estamos foi um dos factos políticos trofenses mais importantes de 2010. Compreender exactamente o montante de dívida do município e como foi sendo gasto o nosso dinheiro ao longo de onze anos constituiu um retrato difícil de aceitar de um concelho que é o quinto mais endividado do país. Mas este era um passo necessário. Nenhuma boa gestão pode existir se não forem conhecidos os caminhos por onde nos movemos. Pouco importou saber se os milhões de divida foram consequência de descuidos ou incompetência, mas é certo que houve uma gestão desastrosa dos dinheiros públicos.
Perante isto foi necessário agir. E foi aprovado na última assembleia municipal um orçamento que pressupõe o corte nos custos da câmara municipal. Cortes nas horas extraordinárias, dos custos administrativos, dos combustíveis entre outros. Algo que vem sendo vinculado ao longo do ano. Fazer mais gastando menos. Algo que parece surpreender alguns, mas que é a nossa nova realidade.
Temos e continuaremos a ter um município mais rigoroso com as suas contas e, fundamentalmente, mais transparente e mais justo.
É esta transparência que nos faz acreditar no real desenvolvimento do nosso concelho. Não se escondem dificuldades e desilusões, mas não se desiste de lutar por mais e por fazer cumprir compromissos.
E em 2010, foram vários os compromissos cumpridos, que contribuíram para uma maior equidade social, como o corte nas taxas de saneamentos, a oferta dos livros e o reforço da acção social.
Vários compromissos foram cumpridos que demonstraram a presença de um rumo estratégico para a Trofa. A decisão da localização dos paços do concelho constituiu uma medida corajosa e de uma grande determinação. Os avanços conseguidos para concretização da ALET são a persecução de um dos mais importantes objectivos estratégicos para o nosso concelho. O apelo à participação da juventude na vida cívica através do orçamento participativo jovem e a remodelação do departamento de desporto e juventude do município da Trofa materializam a certeza de que para os jovens existe uma política responsável e empreendedora. O projecto de requalificação do Parque Nossa Senhora das Dores é o reflexo daquilo que constitui a vontade de todos nós trofenses: evoluir, progredir mantendo a identidade que nos levou a concelho.
Afasto-me, por completo, dos discursos negativistas e catastrofistas. Daqueles, apenas alguns, que dizem tudo estar mal, só porque a cor partidária é outra. Todos sabemos como fazem circular boatos, mentiras, panfletos anónimos, só porque as agruras pessoais de uns, não lhes permitem pensar conscientemente o futuro do nosso concelho.
Identifico-me com a clareza, com a capacidade de, nas assembleias municipais, na comunicação social, nos eventos públicos, no contacto directo com a população, falar da realidade, não evitar nenhum assuntos, desmentindo as mentiras e explanando as políticas. Mais do que um presidente de discursos, queremos uma presidente de acção e de determinação. Foi esta a mudança que os trofenses pediram, foi a mudança que se concretizou. É esta a mudança que nos deixa em boas mãos.
Os grandes desafios mantêm-se. Todos nós, trofenses, lutamos pelo progresso diariamente. Mas agora sabemos que não lutámos sozinhos. E, em 2011, só podemos estar unidos, debaixo da mesma bandeira, para que se cumpra com a obrigação de construir o Metro até à Trofa. Todos os erros do passado não podem impedir que se restitua aquilo que nos pertence. O concelho da Trofa vive hoje uma dinâmica progressista que ninguém pode fazer parar.
Haverá quem se dedique à politiquice e ao eterno sentimento eleitoralista, mas a política séria só pode estar centrada na resolução dos problemas dos cidadãos. Essa é a forma de estar na política em que me revejo, é essa a politica que vejo a fazer-se, e só assim faz sentido estar ao serviço do povo de um concelho.
Ninguém mais do que nós, trofenses, tem a força e a determinação para ultrapassar desafios. E 2011 é o ano dos maiores desafios. E sabemos hoje, que estamos mais preparados, estamos num município com rumo, com estratégia e que defende até às últimas instâncias o interesse de todos nós Trofenses. Estamos em boas mãos.
Para 2011 deseja-se determinação, força, coragem, justiça e ambição. Somos o concelho que luta nunca desistindo, somos a Trofa devolvida aos trofenses e que assim alcançará os sonhos a que se propôs.
Feliz 2011.
Marco Ferreira
in O Noticias da Trofa