Esta nova unidade surge após o encerramento da unidade da Trofa. Alguns dos trabalhadores trofenses, laboram agora em Estarreja, a 80 quilómetros da nossa cidade.
É o esforço a pagar pela manutenção de um posto de trabalho.
Mas para a Trofa, não houve solução possível. Foi uma das empresas que decidiu abandonar o nosso concelho há alguns anos atrás, por não termos providenciado a estas e outras unidades, condições competitivas suficientes.
É um exemplo do dinamismo económico que se deixou enfraquecer nos últimos anos. Fruto de uma politica económica incerta e, fundamentalmente, da total ausência do fomento da nossa imagem enquanto concelho empreendedor e competitivo.
A burocracia, a inaptidão para negociar soluções, a falta de rasgo para providenciar desenvolvimento empresarial, provocou desemprego e deslocalizações de empresas.
A grave crise internacional não desculpa tudo. Esta empresa, tal como outras, não deixou de existir, simplesmente decidiu mudar. E mudaram, antes que a mudança tivesse chegado à Trofa.
Actualmente, chegam-nos relatos de uma postura diferente. A Câmara Municipal da Trofa passou de entrave aos negócios, a colaboradora das empresas. O mundo avança depressa, e o nosso governo concelhio acompanha essa corrida. A Trofa poderá recuperar o seu ímpeto empreendedor, voltar a crescer e a ser competitiva. Muitas vezes, mais que estradas, comboios ou plataformas logísticas, os empresários procuram parceiros institucionais, entidades dinamizadoras, com as quais seja possível constituir relações duradouras. Relações essas que significam emprego e melhoria de qualidade de vida para todos os cidadãos.
Aos trofenses que todos os dias fazem 160 quilómetros de viagem ficam as minhas palavras de encorajamento e a minha mensagem de que podem voltar a acreditar no nosso concelho.
Por Marco Ferreira
2 comentários:
O teu timing é impressionante realmente... Vir-se queixar das condições financeiras dadas pela câmara pouco tempo depois de o actual executivo ter decidido reclamar os seus 5% de impostos, que o anterior deixava nas mãos dos seus munícipes!
E para mais, o facto da empresa ter fechado foi uma decisão estratégica interna de centralizar a produção! Ainda estou para ver sair daqui uma crítica fundamentada...
Sugiro que os leitores vejam a reportagem e julguem por si próprios:
http://ww1.rtp.pt/wportal/acessibilidades/legendagem/pecas.php?data=2010-09-18&fic=jtarde_1_20100918&peca=15&tvprog=1098
Esta empresa não é caso unico... a TESCO foi o "escandalo" apenas mudou para do outro lado do rio! Mas agora é diferente, bem diferente!
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