Reflectir sobre 2012 e não falar
de dificuldades é uma impossibilidade. Todos as enfrentamos: na família, no
emprego ou na falta dele, na comunidade. Vemo-las no estado, nas autarquias em
geral e muito em particular na Trofa.
Mas é igualmente verdade que 2012
foi um ano em que a Trofa avançou mais alguns passos na recuperação do tempo
perdido, pelo que se mudou e pelo que se fez.
A análise é objectiva e a
mensagem merece ser repetida.
O caminho de recuperação
financeira do município é categórico. A Trofa passou uma década com défices
anuais de milhões de euros, ou seja, o que se gastava era milhões de euros
superior ao que se recebia. Hoje, inverte-se o caminho: gastamos menos do que
recebemos e essa folga permite-nos investir e pagar divida. Não se seguiu pela
quebra do investimento, mas sim pela gestão competente. E esta recuperação não
é nenhum “milagre”, é apenas fazer uso de duas virtudes fundamentais: seriedade
e transparência. Porque a poupança conseguida é na despesa corrente, é nos
custos com pessoal, com assessores, com automóveis, nos custos com hotéis e
restaurantes. Poupa-se no supérfluo para investir em escolas, em mais
saneamento, em serviços de educação, em cultura e a pagar a tantos fornecedores
com facturas pendentes há anos.
O investimento na educação é um
orgulho para os trofenses. Seria até justificável desistir das obras nas
escolas culpando o passado e as candidaturas deficientes aos fundos europeus.
Mas não se desistiu, avançou-se, pagou-se e agora temos magnificas escolas para
os mais jovens trofenses. Somos dos municípios que mais investe na educação,
fazendo bem mais do que aquilo que determina a lei ao nível das refeições
escolares e dos transportes escolares. Este é um investimento que defende o futuro
da Trofa.
Evoluímos tanto na cultura que
hoje, a Trofa, é premiada a nível nacional pelos eventos que vai colocando em
prática e que custam zero ao orçamento camarário. Milagre? Não, apenas
inteligência e espirito de serviço público, colocando a Trofa no mapa cultural
de Portugal.
Dá-se novas vozes à juventude
quando se inaugura a primeira obra do orçamento participativo jovem,
apresentada, votada e escolhida pelos jovens da Trofa.
Sabe-se bem das decisões duras
que foram sendo tomadas, pois cada euro poupado gera um possível descontentamento.
Mas cada euro poupado, na forma como hoje é poupado, gerará efeitos positivos
para o futuro da Trofa. E há uma verdade incontornável no nosso concelho: a
nossa austeridade está a gerar resultados financeiros extraordinários. A nossa
austeridade não deixa de lado os que menos têm, mas sim, pede os maiores
sacrifícios à própria estrutura da câmara municipal.
Perante estes avanços, é evidente
que o jogo político vigente causa estranheza. Não há como dizer de outra forma:
o comportamento da direcção do PSD local tem sido irresponsável e imaturo. O
passado pesa demais sobre os (poucos) que optam pela via da política rasteira,
seja pelo azedume das derrotas recentes, pela angústia da perda dos privilégios
passados de alguns ou pelos ditames da justiça e dos tribunais que ultimamente
têm sido tão adversos a comentadores da nossa praça. Não há justificação para,
deliberadamente, se usar a dissimulação e a mentira na política. Infelizmente
esta atitude das cúpulas do PSD Trofa prejudica a todos e denigre, ainda mais,
a imagem da política. Quanto mais a Trofa avança, mais estes ficam para trás.
Por tudo isto, urge continuar a
avançar. A mudança concretizou-se, mas o caminho deve continuar a ser seguido,
pois a Trofa tem uma década para recuperar e sonhos para concretizar. A Trofa é
única, por tal acredito que podemos, enquanto comunidade, melhor ultrapassar as
dificuldades. O segredo está na criatividade, na união e na ambição. O segredo
está em seguir EM FRENTE.
Que este espírito de união nos
confira um bom Natal e um grande 2013.
Marco Ferreira
Enviado a 18/12/2012
in O Notícias da Trofa
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