terça-feira, 17 de abril de 2012

Os argumentos dos irresponsáveis

O PSD foi irreponsavel na ultima assembleia municipal, não só pela forma como abandonou a assembleia impossibilitando a sua realização, mas também pelo conteúdo que serviu de desculpa pelo seu imaturo acto.

E que que argumentos foram apresentados?

Iremos expor esses argumentos. Pois cada argumento apresentado dá razão aos trofenses que apelidam o PSD de irresponsável.

O período de carência devia ser inferior a 5 anos
Período de carência significa que o municipio, durante 5 anos, só pagará os juros da dívida, podendo ter uma prestão mais suave durante este período.
Esta carência serve para o municipio poder realizar as sua reforma estrututal, ganhando fôlego para pagar o resto da dívida. A carência é uma característica comum a este tipo de empréstimos, pois todos, em geral, usufruem desta oportunidade. O período de carência é bom para o concelho da Trofa e, em condições normais, qualquer pessoa, empresa ou entidade, deseja isto nos seus empréstimos (ainda recentemente a Madeira fez de tudo, junto do governo, para ter um período de carência desta dimensão).
O que significa não ter período de carência? Muito simples, aumentar a prestação anual, nestes 5 anos, em mais de um milhão de euros! Onde o PSD faria cortes para corresponder a este aumento desmesurado dos custos? Despediria funcionários? Não transferia verbas para as juntas?
Em suma, é impossível reduzir o período de carência. E o PSD sabe muito bem disso.

A oposição devia ter sido ouvida e ter sido parte do plano
Primeiro, o plano foi apresentado em Novembro, diversas vezes. O PSD não teve tempo de o analisar e contribuir para o mesmo? A verdade é que não quis ouvir, não quis dialogar nem quis contribuir.
Segundo, e mais gritante. Os vereadores do PSD na câmara atingiram o consenso elogiando o plano e abstendo-se do mesmo na reunião.
Em que parte, então, a oposição não foi ouvida? Porque precisam de mais 15 dias para se decidirem?

O plano está cheio de erros e omissões.
Quais? Na ultima assembleia municipal não apontaram nenhum! Ninguem sabe que "erros" e "omissões" apontam a um plano feito por uma das mais credíveis consultoras mundiais.

O corte de transferências para as juntas é exagerado
Os presidentes de junta, todos, concordaram com o protocolo a aprovar este ano.
A Trofa é dos municípios que mais transfere para as juntas, em todo o país. Será que as juntas não podem fazer parte deste sacríficio?
O corte das transferências para as juntas é inferior à maioria dos cortes que se propõem em todo o documento. Portanto, de que exagero fala o PSD?

Como se vê, nenhum argumento apresentado pelo PSD tem validade técnica nem política. São meros taticismos que têm em vista prejudicar efectivamente a câmara municipal da Trofa.

Por fim, deixamos aqui a declaração de voto do PSD na câmara municipal, para que se perceba a dimensão da irresponsabilidade dos elementos do PSD na assembleia Municipal.
"Se houvesse uma votação geral global, votaríamos a favor desta proposta e a seguir na especialidade votaríamos os artigos de acordo com as opiniões que manifestamos acima. Entendemos que uma operação deste género é boa para o município neste momento, permitindo fazer face aos compromissos existentes assim como facilitar e agilizar a gestao da câmara. Até à luz da nova lei dos Compromissos, a implementação deste programa é da maior utilidade, para que seja exequível."  
Declaração de voto do PSD na câmara a 30/03/2012




21 comentários:

Armando Martins disse...

Ler isto é mais um atestado de irresponsabilidade ao PSD.
Vergonha esses individuos

nuno ferreira disse...

perderam o meu respeito, o psd vai fazer a travessia do deserto. isto foi atitude de canalha

Madalena disse...

Votei sempre PDS. O DR Bernarino era grande home, mas o partido está entregue a cobras!
Na Trofa nao voto mais. naha ha ponta que se pegue

João Mendes disse...

Bom dia,
Gostava de obter alguns esclarecimentos, que penso serem também dúvidas da maioria dos trofenses. Se possível é claro:

1.O período de carência de 5 anos aumenta o valor total da dívida porque quanto mais carência, maior o período para pagar o empréstimo logo mais juros. Pagamos uma prestação mais suave inicialmente mas ficamos de mãos atadas durante mais anos e pagamos uma factura mais alta. Será que podem garantir que teremos sustentabilidade para aguentar com essa factura? Ou será como os planos do FMI que no início funcionam sempre mas que ainda não vão a meio e já se fala no segundo plano? Eu penso que nenhum trofense quer ver aprovado um plano que agora parece o melhor de sempre para depois estar a chorar sobre o leite derramado porque “afinal não era bem assim”. Porque não um período de carência mais curto? E se as previsões são para a diminuição da receita do Estado e das autarquias nos próximos anos, onde vamos buscar o financiamento para pagar as dívidas e avançar com as obras necessárias para o concelho? Com mais empréstimos bancários? É importante clarificar estes assuntos para que não sejamos novamente enganados. Dizer que o período de carência é bom para a Trofa, que empresas e privados e até a Madeira utilizam este instrumento é falacioso porque cada caso é um caso e tem as suas especificidades próprias.
Pessoalmente não sei onde se podem reduzir custos para pagar a dívida mas tenho a certeza que começará pela reestruturação do sector público, cortes nas despesas correntes da CMT (comunicações, deslocações e afins), porque se não há dinheiro e precisamos de empréstimo então por uma questão de consciência deviam também acabar as regalias habituais de quem está no poder. Há muito por onde cortar mas claro, é pouco popular. Popular é fazer obras para as quais não se tem dinheiro e ter que as pagar anos mais tarde com a factura inflacionada. Não é impossível reduzir o período de carência, pode é não ser a manobra mais conveniente mas impossível não é.

2.O plano foi apresentado em Novembro? Por quem, a quem e onde? Foi enviado ao PSD nessa altura? Porque se foi o PSD já devia ter apresentado as suas dúvidas à muito mais tempo, é para isso que os elementos da sua bancada foram eleitos, para cumprirem com as suas funções de acompanhamento e análise dos assuntos centrais do município. Por favor esclareçam em que contexto foi este plano apresentado. Os vereadores elogiaram o plano e abstiveram-se? Isso é no mínimo estranho não acham? Para finalizar este ponto, deixem-me que insista nisto: não permitir que a votação do primeiro ponto do plano fosse adiada 15 dias foi pura intransigência política e nada teve a ver com os superiores interesses da população trofense.

(continua)

João Mendes disse...

3.Existe um erro grave no plano que tem a ver com os cortes nas transferências para as juntas. Exigia-se mais competência à Deloitte que está a ganhar balúrdios com esta história. Por favor não digam que na última assembleia não se apontaram erros porque apontaram e dizer o contrário basicamente resume-se numa palavra: mentir.

4.As juntas, as associações, o executivo camarário e todos nós temos que fazer parte do sacrifício isso é inquestionável. Mas é preciso clarificar a situação das juntas: 20%? 40%? 48%? Afinal qual é o valor do corte? O documento diz 40% (em algumas situações 48%) mas o executivo garante a pés juntos que será apenas de 20%. Se assim é porque raio aparece um erro desta dimensão no documento? Estamos a pagar auditorias para sermos auditados por quem afinal?

Pelo que posso verificar não são só os argumentos do PSD que deixam muito a desejar. Parece-me fundamental que numa questão desta importância se explique claramente aos trofenses o que se passa, o que se vai fazer, com detalhe, e até que quem quiser possa participar na discussão deste tema porque toca a todos e não apenas á elite que tem acesso aos documentos das consultoras milionárias.

Finalmente, e quanto à declaração de voto do PSD, por favor contextualizem-na para que a possamos compreender: o PSD conhecia o período de carência proposto pelo PS e a questão do “erro” sobre as transferências para as juntas antes desta declaração ou apenas o teor generalista do plano?
Por favor elucidem os trofenses sem jogos de palavras e tacticismos políticos.

Obrigado,

Luis A disse...

Vou tentar falar o melhor que sei sobre o assunto
1.
Um período de carência não significa literalmente mais juros, porque os juros vai-se pagar estes 5 anos. Amortizar capital é que é só daqui a 5 anos. A impossibilidade deve-se ao facto de, sem carencia, aumentarem a necessidades em um milhão de euros/ano. Onde se corta para conseguir este dinheiro? É-se contra a carência?ok! mas apresente-se a proposta alternativa no valor de 1milhão/ano
Onde se vai buscar o dinheiro para as obras? aos corte que se propõem! Corte no pessoal, nas avenças, nos custos correntes, nas rendas. Os cortes incidem principalmente aí!
2.O plano foi apresentado em novembro, na junta de sao martinho, aos partidos políticos. portanto, desde daí, o psd foi convidado a participar na discussão
3.as transferencias para as juntas nao sao um "erro". a deloitte sugeriu 40% mas a camara apenas aceita 20%. tera de cortar em outros lados para compensar esse valor.
Quais foram os outros erros apontados? Nao me lembro mesmo.
4.
O corte será de 20%, porque isso está escrito no protocolo que ia ser votado na AM

5.
o PSD conhecia todo o documento, tal como conhece a AM (desde de novembro lembro)
15 dias... tiveram tempo desde novembro e queriam mais 15 dias para decidir? Gastar mais 500 contos numa assembleia para que?

João Mendes disse...

Caro Luís A.,
Da minha parte agradeço o seu contributo para esta discussão. Contudo gostava de ouvir na mesma a opinião de alguém da JS que se dignasse a esclarecer num tom mais oficial todas as dúvidas enunciadas anteriormente. Mas, como na esmagadora maioria dos casos, a resposta às dúvidas de um cidadão comum são o silêncio.

Voltando ao tema, um período mais alargado de carência significa literalmente o pagamento de mais juros uma vez que o simples facto do empréstimo se tornar mais longo implica que se paguem mais juros. Se, como afirma, eliminar o período de carência implicaria um aumento de um milhão de euros a mais a pagar por ano, então se reduzíssemos o período de carência para 2 anos e meio (por exemplo), tal significaria o pagamento de mais 500 mil euros por ano digamos. Se o período de carência fosse, por exemplo de 4 anos em vez de 5, então seriam apenas 200 mil euros a mais. Será que os juros que vamos pagar a mais não ultrapassarão estes valores? Se o Luís sabe, por favor demonstre-nos para que possamos estabelecer uma comparação adequada dos dois cenários. Limitar-se a dizer que “sim” ou “não” não é esclarecedor, partilhe, por favor, a fonte de onde conseguiu saber que poderá haver um aumento de 1 milhão de euros por ano a pagar caso não exista período de carência e qual será o valor a pagar a mais de juros caso a carência de 5 anos avance.

Já foi dito por mais que uma pessoa ligada ao PS que a discussão do plano foi proposta em Novembro mas a oposição do PSD insiste que não foi consultada. Em que moldes foi feito esse convite e que capacidade negocial teria a oposição face ao plano? Se sabe por favor elucide-nos também.

Ainda que não tenha sido um erro e que exista toda a vontade da CMT em corrigir os valores relativos às transferências para as juntas, pelo que eu percebi (e pelos comentários que ouvi naquela noite muitas mais pessoas), o documento a ser sujeito a votação naquela noite apresentava valores de cortes a rondar os 40%. Se o plano fosse aprovado, assumo que enquanto cidadão teria sempre o receio de que surgissem aquelas habituais “variáveis” com as quais nunca ninguém está a contar que infelizmente acabam por mudar o cenário, não sei se está a ver ao que me refiro mas como me parece ser uma pessoa atenta acredito que tenha a noção desta realidade que não é apenas da Trofa mas uma característica da política nacional. De resto não apontei qualquer erro por isso não percebo a sua pergunta.

Se o corte que está no protocolo é de 20%, e presumindo que por protocolo se está a referir ao plano a ser aprovado na assembleia, então porque é que a oposição e alguns presidentes de junta o referiram. Estariam eles alucinados a ver algo que não existia ali?

Eu não sei porque é que o PSD quis os 15 dias extra. Até prova em contrário vou assumir que quis apenas adiar a discussão de um dos pontos. Sinceramente não vejo o mal em dar mais 15 dias para uma melhor análise do documento, principalmente com tantas dúvidas no ar. No fim de contas, acabou por se adiar de qualquer forma. Mas numa coisa estamos em total acordo: para quê gastar mais 500 contos numa assembleia? Nunca se deveria gastar nenhum porque se as pessoas que recebem dinheiro para exercerem a função pública para a qual foram eleitos estão a fazer serviço público (como habitualmente referem em demonstrações de amor à Trofa e aos trofenses) não deviam receber nenhum, deviam fazê-lo por compromisso com a terra de que tanto gostam. Ora ai está mais um sector onde a CMT poderia cortar, tenho plena certeza de que nenhum dos dignatários presentes naquele quórum precisam daquele dinheiro para comer e, afinal de contas, estamos em crise e foram os partidos ali representados que aprovaram a austeridade da Troika.

Finalmente deixo o apelo à JS, que já tem mostrado abertura em fazer esclarecimentos nos passado, a não deixar passar esta oportunidade de esclarecer a situação em branco.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Uma nota: a carência não aumenta os custos do emrpéstimo, apenas divide os pagamentos em períodos diferentes (se for só carência de capital, como é o caso)

Sou profissional do ramo.

Anónimo disse...

Tenho de refazer o meu comentário.
A situação que referi depende da negociação tida. O que acontece é que, prevendo-se um aumento de receitas no prazo da receita (que seguindo das inficações do BdP é o que acontecerá), a carência é vantajosa em termos de custos de oportunidade.
Ou seja, no fim dos 30 anos pode ter vantagens economicas. Quanto à questão financeira, depende do acordado.

Anónimo disse...

Um exemplo de um credito:
"Se, nos primeiros 5 anos reduziria os encargos em cerca de 37% (face ao crédito tradicional), nos restantes 17 anos.teria um acréscimo de 10% em relação ao mesmo."
Poupança de 37% que confronta depois com o encarecimento de 10%

José Santos disse...

Em novembro o plano foi apresentado. Houve uma reunião no FIJE com todos os chefes de divisão da CMT e responsáveis de departamentos das empresas municipais, onde o plano foi apresentado. Antes da reunião começar, a Delloitte esteve reunida com o executivo todo, incluindo os membros do PSD e foi-lhes também apresentado plano de reequilibrio financeiro todo! Nessa noite (ou na noite seguinte, não tenho a certeza) houve uma apresentação pública, na junta de S. Martinho destinada essencialmente a partidos politicos, juntas e associações, para apresentar o plano! Foram todos convidados, só não apareceu quem não quis... Por isso, eles sabem do teor do plano, desde Novembro, e teriam toda a legitimidade para apresentar alguma sugestão...
Relativamente ao ponto dos cortes às juntas, o corte sugerido pela delloite para as juntas era de 40%, no entanto, aquilo é uma proposta, não uma imposição, logo a CMT optou por fazer um corte de apenas 20%, que está no protocolo que seria discutido e apresentado no ponto seguinte! Esse documento é "mais válido" do que o plano, porque a partir do momento em que a CMT se compromente, no protocolo, a transferir 20%, não pode mudar nada...

João Mendes disse...

Caro profissional do ramo,

Não sei onde é que o senhor é profissional (até ver pode ser apenas um anónimo como qualquer outro) mas deixe-me que lhe explique uma regra muito básica do seu ramo: quando um banco empresta, os juros são função do tempo em que o dinheiro do banco está imobilizado logo, quanto mais tempo o dinheiro estiver imobilizado mais juros têm que ser pagos. O período de carência apenas permite que a prestação a pagar seja mais "sauve" mas, como contrapartida, são pagos mais juros. Ou o senhor profissional do ramo acha mesmo que os bancos dão alguma coisa a alguém?

Cumprimentos,

Anónimo disse...

Pode não pagar mais juros se a negociação definir uma amortização de capital mais forte nos anos após carencia. depende da poupança carência e pós-carência. nao estara a carencia associada a uma reducao do prazo? como seria sem carencia?
Trabalho no ramo dos seguros de saúde.

João Mendes disse...

Caro Zé,

Obrigado pelo teu esclarecimento. Vou confrontar as pessoas que juraram a pés juntos que não foram chamadas as discutir o plano porque, tomando por certo aquilo que me dizes, o PSD está a mentir nesta questão.

Já agora explica-me apenas isto: se o protocolo se sobrepõe ao plano, qual dos dois ia ser sujeito a votação na passada assembleia? Se é o protocolo que tem validade legal, porquê tanto aparato com o plano de reequilibrio?

Um abraço

João Mendes disse...

Caro profissional do ramo da saúde,

Carência associada a uma redução do prazo??? Mas a carência neste caso específico não aumenta precisamente o período de tempo durante o qual se vai pagar o empréstimo? Eu não defendo que não deve haver carência, apenas que deve ser um período mais curto. Mas infelizmente faltam me dados para avaliar melhor a questão uma vez que nisto da política so a elite dirigente é que tem acesso à informação e eu sou um simples trofense. logo não usufruo desse tipo de direitos. O que eu sei é o que lhe disse no comentário anterior, o funcionamento do sector bancário é esse. Quanto mais tempo empresta dinheiro, mais juros cobra pelo mesmo, simples. Independentemente de se poder amortizar mais capital nos anos subsequentes (agora começo a perceber o "medo" do PSD), vão ter que se pagar mais juros. É assim que o sector bancário funciona e duvido que abra excepções para a Trofa.

Anónimo disse...

Nao me estou a explicar bem. A questao de pagar mais ou menos juros é relativa.Depende das propostas que estao em cima da mesa. Se me disser que em dois emprestimos do mesmo valor, mesmos anos, paga-se mais juros no que tiver mais periodo de carencia.
contudo, se à carencia for associada uma diminuicao do prazo do emprestimo, pela via do disposto contratualmente, entao teremos uma situação equilibrada. e nestes plano que estao sujeitos a alterações da estrutura da despesa, geralmente há carencia, para dar "tempo" a se procederem as alterações estruturais. sera que me expliquei melhor?

João Mendes disse...

Explicou meu caro. a cada comentário que passa, o seu ponto de vista torna-se mais claro. E usando o exemplo por si sugerido, se tivermos dois empréstimos com o mesmo montante não se paga obrigatóriamente no que tiver mais período de carência mas antes no que se prolongar mais, ou seja, na proposta de empréstimo a 20 anos, com 5 de carência, do PS pagr-se-á mais do que numa proposta, por exemplo, de 18 anos com 3 anos de carência.

Se o senhor me apresenta tantas especificidades, eu pergunto-lhe: fará o senhor parte do PS e terá acesso a informação extra que queira aqui apresentar para um melhor esclarecimento? Caso contrário, a sua retórica é muito coerente mas não se aplica ao caso aqui em discussão e eu mantenho a minha posição.

Anónimo disse...

tem razao no que aponta no primeiro paragrafo.
apenas me interesso por este assunto tecnicamente. nao sei nada mais do que vem escrito nos jornais. quis apenas ajudar a dar alguns dados.
a carencia nao pode ser vista como "boa" ou "ma" sem se verem as alternativas
mesmo o maior pagamento de juros é "bom" ou "mau" consoante o que se prevê serem as receitas futuras. o factor está naquilo que podemos pagar todos os meses, ou seja, a prestacao. aí reside a questao! que esforço podemos fazer?

João Mendes disse...

aparentemente nenhum! porque as previsões para Portugal são de recessão continua por isso a capacidade do concelho pagar o que quer que seja vai estar reduzida a quase nada. em momento algum quis dizer que a carência é boa ou má, limitei me a fazer passar a ideia de que mais carência vai equivaler a mais juros logo a mais dívida e a mais anos de "aperto".

Da minha parte agradeço o seu contributo, se por vezes o meu discurso lhe pareceu mais "agressivo" lamento, não foi de todo a minha intenção. Isto é o que dá lidar com anónimos cobardes com frequência...

Cumprimentos e obrigado!

Anónimo disse...

nao senti agressividade nenhuma, tem razao nas duvidas, porque este assunto depende de muitos pressupostos. por isso a economia nao é ciencia exacta.
o que é melhor? pagar pouco durante mais tempo? pagar muito em pouco tempo?
as previsoes são de contracao durante 2 ou 3 anos. depois deve começar a subir! esperamos nao é?

João Mendes disse...

esperamos mas depois do que li no JN na passada Quarta-feira, as previsões do próprio FMI são para um agravar da nossa já frágil economia depois do fim do programa. se até lá não tivermos que pedir um segundo resgate, claro está. Sinceramente, é claro que é apenas a minha opinião, não acredito em formulas economicas mágicas alicerçadas em retirar poder de compra as pessoas. O ciclo vicioso que tal implica é já conhecido, não é novidade nenhuma: pessoas perdem poder de compra, consomem menos (quando deviam estar a consumir internamente para manter e potenciar a economia nacional) o que leva a que muitos estabelecimentos começem a fechar portas, a gerar mais desemprego e por consequente a diminuir ainda mais o poder de compra das pessoas e a um aumento dependencia de subsidios e de ajudas de uma solidariedade que já não tem maos a medir. Não vejo solução neste procedimento, apenas maior dependencia externa. por isso não acredito numa recuperação tão rápida como defende. mas espero estar enganado claro!

Por tudo isto, e perante o cenário de incerteza, prefiro que a divida seja paga o mais rapidamente possível mas dentro dos limites do razoável claro!