sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Crónica da Semana

Justiça
Por mais igualdade

O final de 2009 e início deste novo ano têm constituído um período especialmente activo para o nosso concelho. Após um mês de várias assembleias de freguesia e de assembleia municipal, alguns factos ficaram marcados na actualidade trofense.
Como presidente em exercício tive a oportunidade de liderar uma estrutura que esteve presente em todas as assembleias do mês de Dezembro. Este facto, apenas possível devido à dinâmica instituída pelos jovens socialistas da Trofa nas várias freguesias, constitui um facto inédito na política juvenil trofense. Num mês com tantas ocupações sociais e familiares, é gratificante ver jovens motivados para a participação na discussão dos interesses da comunidade. Aliás, a Juventude Socialista espera que as outras juventudes partidárias do concelho venham a ter a dimensão, a estrutura e a motivação suficientes para também poderem dar o seu contributo activo à dinâmica concelhia. Este sempre foi e sempre deverá ser o grande objectivo das juventudes partidárias, motivar os jovens para a discussão política e fazer crescer cidadãos com espírito crítico e atento ao desenvolvimento da sua cidade e do seu país.
A assembleia municipal foi particularmente pródiga em anúncios e em confirmações. Contudo, pecou pelo “bota-abaixismo” do debate. O executivo liderado pela presidente Joana Lima, deu a conhecer algumas concretizações do seu programa eleitoral. Neste âmbito, o corte para metade do valor das taxas de ligação ao saneamento básico constitui uma medida de mais elementar justiça social. O saneamento básico é uma obra que não deve ser usada, como o foi demasiadas vezes, como demonstração de uma boa governação. O saneamento básico é sim, um direito que todo o cidadão tem, e não parece satisfatório que após vários anos de obras e de auto-elogio, apenas 44% dos trofenses tenha tido a oportunidade de usufruir deste direito.
É verdade que a situação económico-financeira da câmara municipal da Trofa trouxe uma acrescida dificuldade na execução desta promessa, contudo o desenvolvimento do concelho, e o bom serviço prestado a todos nós trofenses não podiam esperar mais. Esperar pelos resultados da auditoria financeira que será feita à câmara municipal, que ao que parece já preocupa as hostes sociais democratas, seria aguardar demasiado para colmatar o roubo a que os trofenses foram sujeitos durante tantos anos.
Claro está que, perante esta notícia, a oposição não se define claramente. O PSD na Trofa, demasiado perdido em questões internas, terá dificuldades em assumir como boa uma medida que em tempos apelidou de devaneio do PS e da Drª Joana Lima. Ora este “devaneio” é agora uma realidade que permitirá a mais trofenses terem acesso ao saneamento, a um preço mais justo. Esta é a medida que permitirá aproximar os níveis de vida da população, possibilitando maior igualdade entre todos os trofenses, começando a debelar uma anterior politica que pretendeu constituir trofenses de primeira e trofenses de segunda e que durante 11 anos recusou-se a admitir a injustiça que era o anterior valor das taxas.
Igualdade. Tem sido esta a primeira marca do actual executivo. Igualdade entre todos os trofenses e igualdade entre as freguesias. E para isto muito se deve à postura do actual executivo que não está ao serviço de alguns interesses desconformes, mas sim que objectiva a melhoria da qualidade de vida de cada trofense individual, nomeadamente daqueles que menos oportunidades dispõem.
Desta maneira está-se verdadeiramente ao serviço de cada trofense, fazendo politica séria e longe do espectáculo mediático que o PSD na Trofa pretendeu fazer com algumas pseudo-propostas que mais não servem do que para mostrar serviço, debelando a evidente ausência de ideias e de rumo para o concelho da Trofa.
Politica não se faz com a criação de mais comissões que apenas vêm aumentar a burocracia e desaproveitar recursos. Politica não se pode basear em gestos teatrais, em demonstrações de suposta superioridade intelectual.
Politica é ter atitudes concretas que melhorem a vida de cada cidadão. Fazer politica é tentar mudar a minha e a sua vida, colocando o estado e as instituições ao serviço do desenvolvimento.
Iniciar este mandato por, entre outras medidas, reduzir as taxas de saneamento mesmo num contexto difícil, cumprindo uma ambiciosa promessa eleitoral parece um bom começo e uma boa mudança.

2 comentários:

M.R.Silva disse...

como se diz: este artigo acertou na "MOUCHE"

JMPereira disse...

o tom é adequado. não dá ainda par euforias, mas começar pelo saneamento e por cumprir algumas promessas é de facto um começo auspicioso