terça-feira, 20 de março de 2012

"Estado do Concelho" - Entrevistas de Joana Lima (Parte IV e V - NT)

(clique nas imagens para aumentar)
O Estado das estradas do concelho e a Auditoria da Deloitte
O Endividamento e o os cortes e a as investigações da PJ


9 comentários:

A.F. disse...

Será desta que se faz justiça e se apanham os gajos que nos deixaram nesta situação por andar a mamar durante uma década?

Susan disse...

O povo fez justiça em 2009, faltam os tribunais também fazerem justiça já!!!
Alguem duvida que houve ilegalidades? Aquele pessoal todo, as obras todas a derrapar, o endividamento absurdo para obra tao pequena, os negócios com as empresas dos filhos. Tem de haver justiça!

Anónimo disse...

Cambada que andou a roubar este concelho e deixou isto como ta!

Duvido que a PJ lhes faça justiça, agora com o governo da mesma cor. Corja nojenta que deu cabo de um concelho tao belo e cheio de sonhos
Deviam ter o estomago cheio de formigas

JTT disse...

Associacções a congelar actividfades por falta de subisidio?
Eu nao compreendo como é que há associações que vivem graças ao subsidio! Nao há logica! os subsidios nao deviam ser mais de 15% do orçamento de uma associacao! Em que país de ricos vivemos?!

Anónimo disse...

Já disse no post anterior que as entrevistas nao bastam e as assembleias sao só para os politicos. É preciso espalhar a mensagem em assenbleias populares com os trofenses todos das diversas aldeias e lugares.
Se mais trofenses soubessem estas informacoes tudo seria mais "calmo". Cansa um concelho sempre cheio de boatos e de cusquice.

Susan disse...

subsidiodependencia. ja ouviste falar?

João Mendes disse...

Boa noite,

Li com bastante atenção esta entrevista da nossa autarca e começo por lamentar o facto de fazer tantas alusões ao passado de “abundancia financeira”, termo talvez algo exagerado. Joana Lima usa o termo a propósito do tema das estradas que atravessam o nosso concelho onde demonstra vontade de resolver problemas mas está limitada pela situação económica actual. Fiquei particularmente intrigado com os motivos que levaram o anterior executivo a assinar o tal protocolo com a Estradas de Portugal, protocolo esse que por algum motivo não terá sido assinado pela CM da Maia. Mais do que referir o “prejuízo” causado pelo tal protocolo, parece-me necessário que se explique aos trofenses o porquê de tal compromisso que pela informação disponível me parece altamente prejudicial para a Trofa.

O relatório da Deloitte é um tema que me deixou bastantes dúvidas desde o início. Os números apresentados na Assembleia Municipal pareceram-me esclarecedores mas o mesmo deveria ser disponibilizado para consulta pública para uma análise independente. Porque números esclarecedores podem ser facilmente manipulados. Saúdo os cortes efectuados mas acredito que poderiam ser maiores porque ainda existe alguma despesa excessiva tal como foi referido pelo Professor António Azevedo na penúltima Assembleia de Freguesia. Mas se os cortes referidos são reais então parece-me que neste campo estamos no bom caminho.

Relativamente às sugestões deixadas pela própria Deloitte no relatório, questiono-me se será viável a proposta da Presidente Joana Lima de cortar apenas 20% das transferências para as Juntas de Freguesia quando a orientação da Deloitte, contratada para auditar as contas do Município mas também para sugerir optimizações à actual gestão, aponta para os 40%. Porque no momento de contenção orçamental que vivemos é preciso saber fazer concessões e uma gestão coerente a não popular. A ver vamos como se irá desenvolver este tema até porque o mesmo está umbilicalmente dependente daquilo que o governo CDS/PSD vai decidir em termos de reforma autárquica.

Uma palavra para dois aspectos que na minha opinião são de saudar mas que, se tudo correr como habitualmente, serão utilizados em breve como arma de arremesso política pelos oportunistas do costume. Refiro-me, em primeiro lugar, aos cortes nas transferências para as associações. Se estamos em crise e fomos obrigados a aceitar as medidas de um pacto negociado entre o Bloco Central e as instituições financeiras mercenárias internacionais temos que aprender a viver com elas. Se estamos limitados financeiramente e temos prioridades como a saúde, a educação e, em muitos casos, bens de primeira necessidade, então é evidente que a maioria das associações não são prioritárias. Apoiá-las sim mas dentro dos limites do razoável. Em segundo lugar a questão dos cortes na iluminação pública. Se podemos reduzir em metade estes custos porque não fazê-lo? Palmas para esta medida racional, adequada e coerente. Convém não esquecer que os impostos sobre a electricidade aumentaram recentemente e que a privatização da EDP colocou o poder de decisão nas mãos de investidores chineses preocupados com lucro e não com os Portugueses. Se a tudo isto juntarmos a incompetência da regulação na área então é melhor que nos comecemos a preparar para o pior.

Finalmente uma última nota sobre a questão das investigações da PJ na CMT. Saúdo a abertura da edil em comentar este assunto que a deixou debaixo de fogo mas que, ao contrário do que alguns tentaram veicular, não lhe diz respeito apenas a ela e ao seu actual executivo mas também ao anterior executivo, o tal que deu à luz o buraco financeiro. Não sabemos se o actual ou o anterior executivo se envolveram em qualquer esquema no passado mas uma coisa é certa: nunca vi nenhum elemento do PSD a referir este tema e a presidente teve coragem de o discutir. Veremos como termina. Mas a julgar pela actuação normal da justiça portuguesa, o mais certo é que a investigação esteja concluída por volta de 2058.
Cumprimentos

José Santos disse...

Caro Mendes,
Relativamente ao teu comentário, gostaria de deixar aqui um ponto de vista meu, mas antes de o apresentar, quero que fique bem claro que falo em meu nome, e não em nome da JS!
Então, se bem percebi, consideras o termo "abundância financeira" exagerado para caracterizar os tempos de governação do anterior executivo, vejo-me em discordância contigo, pois eu considero que sim, aqueles tempos eram de abundância financeira. Para começar, ainda não se tinha instalado a crise económica internacional que se vive desde 2008 (+/-), por outro, naquela altura, via-se o que era gastar "à grande" (ex. vê a diferença entre os gastos em hoteis e despesas de deslocação do anterior para este executivo!), criou-se uma subsidiodependência nas instituições, e o resultado dessa "abundância financeira" é o endividamento que temos hoje...
Relativamente ao corte de 20% no subsidio a atribuir às juntas, sinceramente, não quero discutir a viabilidade do mesmo, no entanto, quero apenas ressalvar, que (como é público) o corte surgerido pela Delloite era de 40%, mas como se sabe a principal fonte de receita das juntas são os subsidios, e se fossem cortados os 40% comprometeria-se ainda mais a execução de obra por parte das mesmas. Se calhar, haverá cortes maiores noutros sitios, para não desamparar as juntas de freguesia.

Cumprimentos

João Mendes disse...

Caro Zé,

Considero o termo "algo exagerado". São preciosismos, eu sei, mas é diferente de pura e simplesmente "exagerado". havia mais dinheiro, é verdade. As condições económicas do Estado português eram outras porque a crise ainda não existia? não concordo. a crise actual podia ainda não ter começado mas condições do Estado eram já precarias mas o eleitoralistmo e a ausência de critérios de racionalização de recursos eram já o prato do dia em Portugal. Não começamos a gastar mais do que tinhamos há 3 ou 4 anos, a nossa situação já é precária desde os anos 90 meu caro (lembra-te que esta não é a primeira vez que estamos nas mãos dos mercenários do FMI, é a terceira!!!). Existiu despesismo excessivo que ainda não foi devidamente explicado aos trofenses mas "abundância financeira" não é o termo mais apropriado. Eramos mais remediados, percebes a minha perspectiva?

Quanto aos cortes nas transferências para as Juntas de Freguesia eu entendo a posição da CMT em não querer aplicar cortes tão fundos quanto a Deloitte sugere e não me oponho à decisão da CMT, questiono-me apenas sobre se será ou não viável, questão essa que deriva da actual discussão da reforma administrativa e do peso excessivo da nossa administração pública. não podemos deixar cair as freguesias mas o apoio às mesmas tem imperativamente que ser mais coerente e adaptado à realidade financeira que vivemos.

Um abraço