A câmara municipal da Trofa decidiu-se, finalmente, a dar os primeiros passos tendo em vista a constituição do Concelho Municipal da Juventude (CMJ).
Este órgão de carácter consultivo tem como membros um conjunto de jovens representantes de vários movimentos juvenis do nosso concelho, que irão debater e reflectir acerca das politicas da juventude levadas a cabo pela autarquia.
Para vários concelhos do nosso país, o CMJ é já uma realidade há vários anos, constituindo um espaço de debate, reflexão e de espírito democrático, sendo considerado um espaço de relevante interesse e um espaço de progresso para as comunidades jovens.
Na Trofa, o entendimento da câmara Municipal da Trofa tem sido outro. A constituição do CMJ tornou-se obrigatória por lei em Fevereiro deste ano, mas a Trofa teve a oportunidade de o fazer durante os últimos 10 anos. Oportunidade que o executivo PSD decidiu não aproveitar, e não foi por falta de aviso. Isto porque, já há largos meses que a Juventude Socialista vem alertando nas assembleias municipais para este facto. Desde 1999 que os CMJ vêm dispostos na Lei portuguesa, e desde daí vários concelhos vêm adoptando os CMJ.
O PSD num espírito autocrático, não teve a devida atenção aos apelos e apenas agora decide avançar com o processo. Tarde, pois o tempo útil para a actividade do CMJ é muito pouco, tendo em conta a proximidade de eleições. Tarde, fundamentalmente, porque em 10 anos muito mais poderia ter sido feito na área da juventude, e alguns projectos seriam melhor conduzidos contando com a opinião do povo jovem da Trofa.
Não deixámos de congratular a futura existência deste CMJ na Trofa, contudo urge perguntar ao Dr. Bernardino Vasconcelos o porquê de não propiciar aos jovens uma oportunidade, o porquê de não possibilitar aos jovens discutir o futuro da Trofa.
Este episódio da Câmara Municipal da Trofa é um exemplo de uma politica pouco aberta do PSD, de uma falta de empreendedorismo, de um PSD que não se consegue fazer ouvir mas que também não quer ouvir.
A JS acredita que a Trofa merece uma câmara com visão para o futuro, democrática, arrojada! A Trofa precisa de uma câmara atenta aos problemas do presente e aos desafios do futuro.
O CMJ é um exemplo do que a Trofa podia ser mas não é. Não eram precisos milhões para constituir o CMJ, bastava vontade e abertura democrática.
Contudo, a JS espera que o CMJ se reúna brevemente, e se debatam algumas questões essenciais sobre a juventude do nosso concelho. Será uma oportunidade de dar ideias, concelhos e opiniões, e a Juventude Socialista lá estará presente com todo o orgulho de fazer o melhor ao serviço da Trofa!
5 comentários:
Uma oportunidade Ganha!!!
É com enorme gosto que aqui expresso as minhas felicitações à Cámara Municipal da TROFA, pela criação do CMJ, uma forma de dar voz aos movimentos jovens do N/ NOVO mas GRANDE concelho.
Mas quero alertar que a politica da juventude da trofa não vive só do CMJ, vive dos jovens no global, das palavras, anseios transmitidos aos N/ governantes, de uma conversa no café, num blog, numa assembleia.
Vamos parar de criticar e todos juntos lutar por uma TROFA MELHOR!!!
e não é com guerras partidárias e pessoais que assim se consegue!! em 10 Anos de governação trofense muita obra foi feita, alguma ficou por fazer, mas penso que na generalidade a CMT fez um bom trabalho, sendo necessária a ajuda de todos para corrigir o que de menos bem foi feito.
Força TROFA!
Mais um golpe desta câmara na politica da juventude.
Criação de um conselho em tempo eleitoral, em que nao haverá tempo para discutir a politica da juventude.
Apenas o reflexo do que foram estes 10 anos... um grande zero em politica em projectos em futuro para a Trofa.
É triste, mas foi o que fizeram à minha amada Trofa.
Luis Pereira
Será golpe da Câmara Municipal? Será por estarmos em tempo de eleições?
Ou será que foi uma acção rápida e atenta no que a esta matéria diz respeito?
Será que alguém na JS sabe em que dia foi publicado em DIÁRIO DA REPÚBLICA o regulamento dos conselhos municipais de juventude?
Será que alguém contou quantos DIAS ÚTEIS decorreram desde essa data até à criação do CMJ no nosso concelho?
Será que foi oportunismo, ou pura e simplesmente CELERIDADE após a regulamentação por parte do nosso governo?
Porque não procurar saber como se criam e estruturam estes organismos para depois fazer juízos de valor, em vez de tentar denegrir um trabalho, que afinal de contas foi muito bem conduzido?
Uma sugestão que gostaria de vos deixar, e que espero que a saibam aproveitar.
Em relação ao último comentário gostava de chamar a atenção ao bloguista para que lesse novamente a mensagem original.
A câmara limitou-se a fazer os serviços minimos, ou seja, aquilo a que é obrigada.
Mas durante 10 anos teve oportunidade de fazer algo mais, de inovar. Tal como fizeram inúmeros concelhos do nosso distrito.
Eu nao em contento com uma Trofa de serviços minimos, a Trofa precisa de inovação, pois estes 10 anos chegaram para ficarmos vários patamares abaixo em relação a muitos concelhos do norte do país.
Cumprimentos,
Carlos Pereira
"Será"? Lê-mos o seu comentário.
Agradecemos a sugestão.
no entanto, devo-te dizer que estamos a par da legislação deste órgão.
O que nós sempre refirimos nas assembleias municipais durante muitos meses, é que já poderiamos criar este órgão há mais tempo e assim dar uma oportunidade de revitalizar a democracia na Trofa.
Assim não quiseram...
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