quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Tertúlia - Economia Local - Os Municípios como solução para um contra-ciclo económico

 
Na passada quinta-feira, dia 5 de Fevereiro, decorreu a primeira de várias tertúlias mensais que a JS Trofa pretende organizar até final deste ano. A JS, pretende com este tipo de iniciativas dar um sinal de maior "abertura" da estrutura a todos os jovens que se interessem em participar, contribuir e discutir o futuro de Portugal e essencialmente, o futuro da Trofa. Decidimos que, promovendo estas iniciativas com oradores de excelência e com um percurso político relevante seria o caminho mais fácil para que cada vez mais jovens se interessem pela política e que a discutam junto de nós!
A primeira sessão contou com a presença do Professor e Ex Ministro Augusto Santos Silva e com o Vereador Municipal do PS Magalhães Moreira, que abordaram diferentes perspetivas deste tema. Magalhães Moreira, transmitiu as dificuldades diárias de governar uma Câmara Municipal totalmente desgovernada e afundada em dívidas, onde todos os dias um novo credor se deslocava à Câmara Municipal da Trofa para reclamar uma dívida, que na maioria das vezes, não existia um documento a comprovar o seu procedimento ou registo de obra. Só com um enorme sentido de responsabilidade e grande rigor, foi possível ao executivo do PS dar a volta a uma situação que se encontrava destinada ao insucesso. Mas este executivo deixou também uma marca bem vincada do que é ser socialista e governar um município com políticas de esquerda. A aposta na educação e na ação social foi uma marca do PS na liderança dos destinos dos Trofenses.
O Professor Augusto Santos Silva trouxe ao debate uma visão muito mais abrangente da Economia, recorrendo a três escalas diferentes. Inicialmente, uma escala nacional, em que criticou a forma de atuar deste governo que empobrece a cada dia que passa os Portugueses, impedindo assim que o poder de compra aumente e consequentemente aumente também a qualidade de vida dos Portugueses. Mais poder de compra traduziria no imediato um estímulo para a nossa economia, a capacidade de maior investimento, que resultaria num contraciclo económico, em que fornecedores, produtores, vendedores e consumidores beneficiariam.
Numa segunda variável apresentou-nos uma escala regional, em que cada vez mais o foco se deve manter no combate para que os municípios sejam providos de uma maior autonomia. Autonomia essa, que permitiria aos municípios através do maior conhecimento das suas potencialidades investir o necessário para se tornarem independentes e inverterem o processo de austeridade provocada pelo Governo central em todo o país.
Numa terceira e última escala, a local, o Professor Augusto Santos Silva elencou a “intermunicipalidade” como uma relação extremamente necessária para o futuro e autonomia dos municípios. Partilhou connosco a sua visão sobre este aspeto, e baseou os seus contributos essencialmente em duas premissas. O da proximidade e desenvolvimento. Isto é, dois concelhos vizinhos serão muito mais desenvolvidos, quanto maior for a união de esforços para a realização de investimentos que permitam uma maior qualidade de vida aos seus habitantes, uma maior oferta a quem visita esses concelhos e acima de tudo permita um maior desenvolvimento económico para os concelhos.
Todas estas variáveis entroncaram num tema que tem tanto de importante como de urgente e necessário para a região Norte do País, a Regionalização. Acreditamos que será através da Regionalização, e consequentemente delegação de maior autonomia, descentralização de poderes que poderemos inverter este ciclo económico cada vez mais viciado, e que se submete às decisões de Lisboa. Em pleno século XXI é impensável que todas as decisões e investimentos sejam canalizados para a região de Lisboa, quando o país e essencialmente a região Norte do país são cada vez mais afetados pelo desemprego, desemprego esse que é provocado pelo constante desinvestimento com que este (des)Governo nos (des)governa.
A JS Trofa acredita ter proporcionado uma noite diferente às dezenas de pessoas que participaram e contribuíram durante esta iniciativa. Registamos com muito agrado o facto de termos visto jovens e menos jovens não afetos ao PS ou JS a contribuírem com as suas opiniões durante esta tertúlia.
Fica a promessa, em Março estaremos de volta com mais um tema atual e um orador de excelência!
 
 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

// JS 40 Anos a Lutar Por Ti // | Opinião de José Santos

"Ninguém nos imporá uma agenda política, discutiremos aquilo que é mais oportuno para o país" - João Torres.
Decorreu no passado fim-de-semana, em Tróia, o XIX Congresso Nacional da Juventude Socialista. Pelo cariz histórico que este local representa para a estrutura, foi a escolha acertada para a reunião magna dos Jovens Socialistas, no ano em que esta comemora o seu 40º aniversário.
Um congresso que ficará marcado pela presença de um dos fundadores do Partido Socialista, o histórico Mário Soares, que recebeu das mãos de João Torres o diploma de militante de honra da Juventude Socialista. Convém relembrar aos críticos, que Mário Soares foi preso inúmeras vezes para permitir que hoje sejamos um país livre, e esses mesmos que o criticam, o possam fazer sem recearem ser oprimidos ou perseguidos. No dia anterior à comemoração dos seus históricos 90 anos, Mário Soares teceu largos elogios à forma de estar na política da JS, e terminou dizendo “Chegar a uma casa destas, cheia de jovens, quando o país está de cócoras, em que tudo foi destruído, e ver-vos aqui aos berros pela Liberdade e pela Democracia, é o melhor que me podiam ter feito. Estou entusiasmadíssimo com o que estou a ver! Vocês são fantásticos! Viva a Juventude Socialista”, recebendo assim, como não poderia deixar de ser, a maior ovação da tarde. Ainda na tarde de sábado, o congresso recebeu a visita do Secretário-Geral do Partido Socialista – António Costa – que, uma vez mais, reforçou a confiança na JS para caminhar a seu lado, e assim mobilizar Portugal em torno do seu projecto, para juntos alcançarmos uma maioria absoluta nas próximas eleições legislativas.
A sessão de encerramento contou com a presença do recém eleito presidente do Partido Socialista – Carlos César - que na sua intervenção, informou que a proposta da JS para a criação de incentivos para os jovens emigrantes poderem regressar ao país além integrar o programa de governo do Partido Socialista, merecerá também grande destaque por parte deste. Esta será uma das bandeiras do programa do PS.
Tróia ficará para sempre marcado na história da JS Trofa. Foi neste congresso que a nossa estrutura esteve representada pela maior delegação de sempre. Entre delegados eleitos e subscritores de moções éramos 9! As moções serão discutidas e votadas em sede de comissão nacional. Este congresso ficará ainda marcado pela eleição de 3 elementos para os órgãos nacionais da estrutura, número histórico e digno de registo. Marco Ferreira foi eleito pela Juventude Socialista como inerente à Comissão Nacional do PS. O Presidente da Concelhia da JS, Amadeu Dias e o Presidente da Mesa da Comissão Política Concelhia da JS, Nuno Moreira foram eleitos para integrarem a comissão nacional da JS. Um claro reflexo daquilo que tem sido o trabalho da JS Trofa nos últimos anos. A responsabilidade será acrescida, mas tenho a certeza que a JS Trofa saberá mais uma vez honrar e transmitir na sua forma de estar na política os valores e ideias do socialismo.
Após participar naquele que foi o meu último congresso nacional da JS, e não ignorando o tempo que ainda me resta enquanto militante da JS, penso que estarei em condições de emitir um pensamento do que pertencer à juventude socialista me trouxe. Pertencer a uma juventude partidária devia ser uma experiência pela qual todos os jovens deveriam passar, nem que seja uma curta experiência. Falando da minha participação, integrar os quadros de uma “jota” permitiu que me tornasse um cidadão mais atento, mais interventivo e acima de tudo mais interessado naquilo que realmente quero para o meu país. Fez-me perceber que não podemos somente dizer “está mal!”, temos que procurar perceber porque é que está mal, e tentar de uma forma ou outra dar o nosso contributo para melhorar. E acima de tudo, a principal lição que tiro da minha militância na JS, é que não nos podemos conformar. Não podemos aceitar que decidam por nós. Na JS e citando o que disse João Torres no seu discurso de encerramento do congresso “ninguém nos imporá uma agenda política, discutiremos aquilo que é mais oportuno para o país”.
Ignorando por completo o que o futuro me reserva em termos políticos, de uma coisa eu tenho a certeza, depois de passar pela JS, olho para o mundo que me rodeia, com outros olhos.
José Santos

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

As comemorações do aniversário do concelho | Opinião de Amadeu Dias

A Trofa não é, como alguns (a) querem vender, a Terra do “Diamante”. A Trofa é a Terra do “Coração”, do coração dos Trofenses, conquistada com todo o seu amor e, por isso, tão importante e valiosa para nós. /
Trofa: Uma data histórica, uma celebração e as desconsiderações de sempre!
A 19 de Novembro de 1998 milhares de Trofenses invadiram Lisboa em busca de um futuro risonho. Muitos milhares, como eu, que confesso na altura com os meus 10 anos não tinha a real noção do quão importante estava a ser aquele dia, aguardámos ansiosamente pela decisão final. Lembro-me perfeitamente de estar com o meu pai a seguir atenciosamente pela rádio tudo o que se passava na Assembleia da República, até que ao final da tarde finalmente é conhecida a decisão. “Trofa a Concelho Já”, passou de uma exigência a uma realidade. Recordo, arrepiado, as horas que se seguiram a esta notícia. Milhares de Trofenses saíram de casa e entupiram todas as estradas no centro da Trofa. Foram horas de espera para receber aqueles heróis que foram a Lisboa “tornar realidade” o nosso sonho.
Já a noite ia longa quando os autocarros começaram a chegar ao centro da Trofa e toda uma celebração sem igual, sem partidos, sem cores invadiu o coração dos Trofenses. Afinal, naquele dia, tudo ficou de lado. Todos se abraçaram, todos gritaram bem alto e em uníssono a palavra TROFA! Aquela noite jamais será esquecida por todos os Trofenses.
A esperança de ser um concelho de eleição, a euforia de construir a nossa autonomia, a procura de um crescimento sustentado, que permitisse melhorar a qualidade de vida dos Trofenses eram as grandes expectativas dos cidadãos.
Mas, infelizmente, e por razões já conhecidas, a Trofa caminhou rapidamente em direcção ao abismo. Foram anos de má gestão, de clientelismo político, de irresponsabilidade, e essencialmente de ilusões (raramente cumpridas), que praticamente hipotecaram o futuro do nosso ainda jovem concelho.
Durante largos anos, a Trofa foi dirigida sem responsabilidade. Os Trofenses, soberanos como sempre nas suas decisões, decidiram inverter o rumo político em 2009. O executivo do PS eleito nesse ano, deparou-se com uma Câmara Municipal endividada, com milhões de dívida escondidos em todas as trincheiras possíveis. A realidade não poderia ser mais devastadora. O sonho que uniu milhares de Trofenses no 19 de Novembro de 1998 fugia por entre as nossas mãos.
O PS apostou então na credibilização da imagem da Trofa e no rigor financeiro para tentar devolver a esperança aos Trofenses. É certo que não cumprimos com tudo o que prometemos (PS), mas tivemos a capacidade de devolver a esperança aos Trofenses através de uma gestão rigorosíssima de uma Câmara que se encontrava totalmente “devastada”. É certo que errámos e falhámos em vários momentos, mas temos a consciência que fomos essenciais para um recomeço deste concelho.
Fez em meados de Outubro um ano de governação do executivo da coligação PSD-CDS na Trofa. Os Trofenses deram uma oportunidade a novos rostos liderarem a nossa autarquia. E convém aqui lembrar o percurso ao longo deste primeiro ano. Este executivo, liderado pelo Senhor Presidente Sérgio Humberto, apregoou que seriam o executivo de TODOS os Trofenses, que liderariam a Trofa despindo a “camisola partidária” e tratando todos os Trofenses da mesma forma. Pois bem Senhor Presidente, cumprir promessas não é consigo. Desde o início que tem demonstrado não estar ao nível do cargo que ocupa.
Hostilizar e perseguir exaustivamente a oposição não vai certamente de encontro às suas promessas. Proferir, em assembleias municipais, intervenções públicas desprovidas de qualquer conteúdo sustentado e assentes, somente, no domínio da insinuação, não merece de todo a aprovação dos Trofenses. Não foi para isto que foi eleito. Foi eleito sim, e deixe-me utilizar as suas palavras, para tratar “TODOS os Trofenses da mesma forma”. E é no seguimento deste chavão que a Juventude Socialista quer demonstrar a sua insatisfação em relação a dois assuntos.
Como é do conhecimento de todos, aquando das comemorações do aniversário do concelho da Trofa, há um programa de festividades a cumprir. Entre as muitas actividades a desenvolver, a “Visita dos autarcas à escola” é para nós tida como essencial. É neste contexto que expressamos com natural desagrado o que se passou na passada segunda-feira dia 17. O executivo PSD-CDS deslocou-se a várias escolas do concelho, e aquando dessas visitas, naturalmente, convidou os Senhores Presidentes de Junta a acompanha-los. Para nosso espanto, isso verificou-se em todas as freguesias, exceptuando na União de Freguesias do Coronado. E a explicação é fácil. Uma vez mais, o PS foi desrespeitado. O Senhor Presidente José Ferreira, perplexo, só ao final da manhã de segunda-feira foi convidado para acompanhar a visita, que já estava a decorrer, às escolas EB 1 da Portela, em São Romão e EB 1 Feira Nova em São Mamede. O executivo da coligação demonstrou uma vez mais desconsideração pelo PS, na pessoa do Senhor Presidente de Junta, mas mais grave que isso, desrespeitou toda a população dos Coronados. Mas o desrespeito não ficou por aqui. No dia seguinte (terça-feira) foi inaugurada uma bancada no Pavilhão de São Romão. Como já vem sendo hábito, o convite não chegou ao Senhor Presidente de Junta.
Ao Presidente José Ferreira, queremos desde já mostrar a nossa solidariedade e dizer-lhe que poderá contar sempre com a JS Trofa na reivindicação dos direitos dos seus fregueses.
Mas o desrespeito pelas comemorações do aniversário do concelho e pelos Trofenses não se ficou por aqui. Uma vez mais, o executivo da coligação apresentou em reunião de Câmara uma proposta absurda. Propunham a atribuição de “Cidadão honorário”, a um secretário de estado, desconhecendo-se até hoje, qualquer ligação à Trofa que não seja o facto de ser do CDS-PP. E convenhamos que não é aceitável, que se sirvam da maior condecoração do nosso concelho para premiar um “político” ligado aos seus partidos. As razões para tal atribuição pura e simplesmente não existem. Não podemos permitir que se condecore alguém que nada tem em comum com o nosso concelho. A nosso ver, vulgarizar a mais nobre condecoração do concelho da Trofa é desrespeitar todos os que lutaram por este concelho.
É altura de dizer BASTA, e, de uma vez por todas, respeitar TODOS os Trofenses.
A Trofa não é, como alguns (a) querem vender, a Terra do “Diamante”. A Trofa é a Terra do “Coração”, do coração dos Trofenses, conquistada com todo o seu amor e, por isso, tão importante e valiosa para nós.
A JS Trofa acredita que apenas com respeito e promovendo a igualdade, TODOS se continuarão a abraçar, a gritar bem alto e em uníssono:
TROFA!
Amadeu Dias

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Falsa partida | Opinião de Daniel Lorenço

Em democracia temos que saber aceitar os resultados eleitorais e deles retirar as ilações necessárias. E assim o fizemos. Durante este último ano toda a estrutura interna da JS e do PS da Trofa dissecou os resultados. Agora que se assinala um ano de mandato do atual Executivo Municipal da coligação Unidos Pela Trofa PSD/CDS, é hora de se fazer um balanço da sua prestação.

Todos se lembram da campanha efetuada por este executivo, repleta de chavões como “apostar nas acessibilidades”, “combater as desigualdades”, “fomentar a criação de postos de trabalho”, “Ninguém fica para trás” ou até mesmo “Devolver o Orgulho aos trofenses.” A verdade é que post annum, a nosso ver, o orgulho é que ficou para trás. 

Sérgio Humberto é um presidente populista e demagogo, que demonstra incapacidade de gestão e aptidão para o cargo que ocupa. Mais grave do que isso, é um presidente sem visão de futuro. A falta de estratégia para o concelho é mascarada por uma aposta na imagem, no marketing e na propaganda bacoca, utilizando um discurso de intriga e conflito, fazendo uma perseguição agressiva à oposição. Conviver em democracia é respeitar todos os partidos e principalmente a oposição.

Muito se fala agora de uma redução de dívida, essa que foi criada pelo PSD nos tempos do despesismo e clientelismo, da falta de rigor e do favorecimento ilícito, uma época muito familiar ao actual presidente, que era um dos quadros mais próximos do executivo da altura, com um contrato de €1600/mês por 6 (!) horas de trabalho por semana. Mas voltando à famigerada redução, ela só foi possível devido à política de grande rigor orçamental, executada pelo anterior executivo socialista, que permitiu a adesão ao PAEL e Plano de Reequilíbrio Financeiro com a entrada de 29 milhões de euros para pagamento de dívida a fornecedores. Acreditamos que só com um forte rigor orçamental, podemos avançar e que voltando aos tempos do anterior executivo PSD, estaremos a hipotecar o futuro e o progresso. Este é o Executivo que trouxe de volta o passado pouco transparente. A propósito desta tal falta de transparência ainda esta semana saiu no Índice de Transparência Municipal(ITM) uma queda da CM Trofa, próxima da centena de lugares, no que a transparência nas Autarquias Locais diz respeito.

Dizia Sérgio Humberto, nos seus primeiros discursos, que ia apostar nas acessibilidades, que ia tapar todos os buracos, criar alternativas para o trânsito e que prometia repor a ligação da iluminação pública por todo o concelho. Ao fim de um ano, e porque sabemos o quão difícil é governar uma CM endividada, aguardamos serenamente pelo cumprimento dessas promessas como a execução das variantes ou a prometida rotunda na Carriça (ainda que tenha havido um retrocesso nestes assuntos). A mesma compreensão não podemos ter em relação à repavimentação das ruas e à sua iluminação (todos vemos postes desligados numa rua perto de nós) ou até mesmo à demolição dos pontilhões, que dizia o Presidente aquando da sua eleição, “vai ser resolvido rapidamente, em pouco tempo”. A repavimentação da EN104 entre a Abelheira e a entrada da A3 é um bom exemplo da falta de capacidade para resolver com sucesso os problemas do concelho. (Uma obra executada há sensivelmente duas semanas já está com o piso degradado). Aguardamos uma explicação da Câmara Municipal da Trofa.

Já todos nos acostumamos aos discursos populistas e cheios de promessas vazias do Presidente. A cerimónia de apresentação de uma grande empresa tunisina (com direito a uma peça no JORNAL DA TARDE DA RTP1), que vinha encetar raízes na Trofa e criar 250 postos de trabalho, devido à grande influência de Sérgio Humberto, tornou-se afinal numa mão cheia de nada, numa história assombrada, que ainda está por explicar (e acreditamos que assim ficará). Sérgio Humberto tem o dom de expelir palavras que se transformam em pó. A promessa feita de resolução dos maus cheiros da Savinor ainda está por concretizar. Apesar do jornal oficial do PSD/CDS fazer capas constantemente dizendo que a situação está resolvida, os maus cheiros só não se sentem em Famalicão.

A promessa do combate às desigualdades e da aposta educação foram mais umas que ficaram para trás. A oferta dos livros escolares aos alunos do ensino básico era uma medida revestida de justiça social e igualdade. Muitas são as crianças que sofrem de exclusão na escola por não terem livro porque seus pais não têm possibilidades para comprar, outras são as que sofrem deum fenómeno chamado “pobreza envergonhada”. Todos sabemos que os escalões sociais nem sempre refletem as reais dificuldades das pessoas. E porque o valor não é assim tão significativo tendo em conta a importância desta iniciativa. Este é o Executivo que ficará manchado para sempre como aquele que retirou os livros às crianças do ensino básico. Esta é a Câmara que gasta 200 mil euros em publicidade e marketing (uma página inteira no JN a parabenizar esse mesmo jornal pelo seu aniversário é um mau exemplo de promiscuidade), que gasta 20 mil euros em concursos de fotografia, que gasta 62 mil euros num festival de cinema mal organizado e ignorado pela população, que gasta 20 mil euros em revistas, mas que não quer gastar 40 mil euros em livros para crianças do ensino básico. Esta é a Câmara das prioridades trocadas.

A JS está ciente das dificuldades que acarreta a governação de um Câmara e por isso fará uma oposição responsável e sem demagogias ou populismos. Mas a JS sabe que não está enganada nas prioridades que deve ter uma autarquia. Estamos agora, como sempre estivemos, disponíveis para dar o nosso contributo, para termos mais Trofa para os trofenses.

Pela Trofa e pelos trofenses, sempre…

Daniel Francisco Lourenço

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Comunicado da JS Trofa acerca do primeiro ano de Mandato da JS Trofa

No passado dia 2 de Novembro de 2014 completou-se o primeiro ano de mandato dos órgãos da Juventude Socialista da Trofa eleitos em 2013. Avaliar o que foi feito e prestar contas é, a nosso ver, obrigatório e ao mesmo tempo um exercício de transparência para com os militantes e todos os jovens Trofenses.
É justo que comecemos por dizer que o legado deixado pelos elementos que compunham os anteriores órgãos era “pesado”. Além do desempenho meritório realizado em prol dos Trofenses nas diversas áreas, o maior legado era manter os valores e os princípios pelos quais nos orientamos. Transmitir os valores da lealdade, honestidade, companheirismo e responsabilidade a esta nova geração que compõe a Juventude Socialista da Trofa era um dos maiores desafios. Esta é, e será sempre, uma prioridade para nós. E, a nosso ver está a ser cumprida. Porque só sabemos estar na política para servir a comunidade, e só o poderemos fazer com responsabilidade.
Este primeiro ano para uma nova equipa é normalmente um ano de reorganização/adaptação interna. Assim foi. A estrutura concelhia perdeu dezenas de militantes por atingirem o limite de idade para pertencer à Juventude Socialista, no entanto conseguimos que, cerca de uma centena de jovens se juntasse a nós para consolidarmos o nosso crescimento. É importante destacar a formalização de 2 núcleos que representam cerca de 2/3 dos militantes do concelho. Os núcleos de Bougado (S. Martinho e Santiago) e de Guidões e Alvarelhos, presididos pelo Rui Miguel e pelo Nuno Moreira respetivamente, terão um papel fundamental na estrutura concelhia. Depositamos em ambos grandes esperanças, uma vez que reúnem características necessárias para acompanharem de perto as angústias e problemas dos jovens nestas freguesias e desse modo tentarem encontrar soluções para que alguns desses obstáculos sejam ultrapassados. Os núcleos devem também “fiscalizar” o desempenho dos executivos das suas freguesias, para assim proporem medidas sempre que achem oportuno fazê-lo. O objetivo para o segundo ano de mandato é completar as restantes formalizações, para dotarmos cada freguesia com uma equipa capaz de acompanhar os jovens das mesmas. Esta proximidade dos núcleos com os jovens das suas respetivas freguesias, permitirá à concelhia identificar e cooperar para que sejam encontradas soluções para os problemas.
Foi um ano intenso a nível político para a nossa estrutura. O PS venceu as Eleições Europeias, e a JS Trofa participou em diversos eventos do partido. Mas o momento que marcou este ano, foi sem dúvida, a abertura do PS a uma nova realidade. O PS mostrou ser um partido diferente, e fez história no âmbito político. Alargou o poder de decisão do futuro dos Portugueses a todos os cidadãos que assim entenderam fazê-lo. Mais de 150.000 pessoas se inscreveram como simpatizantes para poderem escolher o candidato a Primeiro-ministro do PS. A JS Trofa adotou, desde o primeiro momento, uma postura de neutralidade neste processo. Ninguém foi influenciado a escolher entre qualquer um dos candidatos. Foi notória a liberdade de escolha, uma vez que vários dirigentes da estrutura expressaram publicamente o apoio aos dois candidatos. Foi com motivação, empenho, dinâmica e acima de tudo, com um grande respeito uns pelos outros, que todos se envolveram no apoio ao seu candidato. A vitória só podia sorrir a um candidato, mas todos sabíamos que depois do dia 29 de Setembro, independentemente do vencedor, o nosso candidato seria o mesmo. Parabéns a todos os que se envolveram. Deram um grande exemplo de como conviver com a diferença e assim, toda a estrutura saiu fortalecida.
Destacamos, entre as várias que realizamos, 4 ações inovadoras na Juventude Socialista da Trofa.
A educação é um dos pilares que defendemos. Como tal, e porque é nosso dever alertar para as desigualdades, em Março deste ano, uma delegação da Federação Distrital da Juventude Socialista do Porto juntamente com a Juventude Socialista da Trofa, visitou a Escola Secundária da Trofa, e ouviu da parte do seu diretor as preocupações relativas à paralisação das obras, que promove, dentro da mesma comunidade escolar graves falhas no que à equidade diz respeito. Em pleno século XXI, é inadmissível que a comunidade escolar seja sujeita a desenvolver o seu trabalho diário em condições precárias (em contentores). Tudo isto, devido a questões políticas (prioridades governamentais). No entanto, é com natural agrado que a JS Trofa verifica que as obras já recomeçaram em todas as escolas do país que se encontravam na mesma fase de obra e que, de uma vez por todas a comunidade escolar terá ao seu dispor as condições necessárias para desenvolverem o seu árduo trabalho.
Este primeiro ano fica também marcado pela proximidade entre a estrutura da JS Trofa e a Associação de Estudantes da EST. Através de vários encontros com o presidente da mesma, que sempre se mostrou disponível, as estruturas conseguiram envolver e “dar palco” a dezenas de alunos de artes. No âmbito das comemorações do 25 de Abril, a JS Trofa dinamizou e devolveu durante dois dias o espírito de Abril aos Trofenses. Além da sempre simbólica distribuição de centenas de cravos e da animação do centro da cidade com músicas alusivas ao dia, a JS Trofa em conjunto com os comerciantes deu a oportunidade aos alunos da EST de mostrarem os seus trabalhos através de uma exposição de quadros alusivos ao 25 de Abril. Criámos um verdadeiro ambiente de Abril. Para os mais velhos foram dias de reviver a data, para os mais novos a oportunidade de aprenderem sobre esta data marcante do nosso país.
Promovemos também uma iniciativa diferente. Não conseguimos ficar indiferentes ao conhecermos a luta que a Inês Vilarinho, uma jovem do nosso concelho, travava pela sua vida. Sensibilizámos por esta causa, promovemos uma caminhada, e no final os fundos reverteram totalmente para a Inês. A sociedade civil compareceu em grande número e contribuiu com o seu donativo para esta nobre causa.
No âmbito político participámos, através dos elementos eleitos em várias comissões políticas nacionais e distritais da JS e do PS, defendendo sempre o nosso concelho nas mais variadas matérias. Dotámos os militantes da Trofa de mais ferramentas políticas, apostando em sessões de cariz político que, a nosso ver, são fundamentais para a aquisição de todo um argumentário político que servirá para preparar o nosso futuro. Formar politicamente os nossos militantes será um dos grandes pilares do segundo ano deste mandato. Acreditamos, que é nosso dever inverter a opinião, através das nossas ações, e mostrar aos jovens descrentes na política, que só participando e estando envolvidos na esfera política podemos fazer do nosso país um país melhor e mais justo.
O nosso papel enquanto JS é muito mais abrangente que as fronteiras das nossas portas. É nosso dever promover uma política diferente, de proximidade, auscultando os nossos jovens e tentando ir de encontro aos seus anseios. Numa altura em que todos os dias é posto em causa o nosso sistema político, é nosso dever reforçar as nossas convicções e continuarmos a caminhar sob os desígnios da credibilidade, honestidade e lealdade, para que mais jovens se interessem e participem na política.
Neste âmbito, o trabalho para o segundo ano de mandato afigura-se exigente e, por isso, motivante. Queremos continuar a percorrer este caminho, crescendo na nossa capacidade de atuar politicamente, através de mais formação e mais reflexão. Queremos intervir e exigir uma urgente mudança de rumo por parte do atual executivo municipal que tem retirado futuro a este concelho de tantas capacidades. Queremos envolver, dando espaço para mais jovens terem na JS o seu espaço de intervenção cívica e política na Trofa, no Distrito e no País.
Queremos mais JS. Queremos mais esquerda. E, fundamentalmente, queremos mais Trofa.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Porquê a Juventude Socialista?

Nos últimos anos temos assistido a um distanciamento e uma enorme descrença por parte da população e acima de tudo dos mais jovens na política e nos seus políticos. Ainda nas últimas eleições Europeias pudemos verificar a descrença que existe pelos partidos políticos 
Urge então, assumir uma postura de proximidade com os jovens, dotando-os da maior informação possível acerca dos ideais e valores dos partidos políticos. Nós acreditamos que promovendo sessões como esta podemos esclarecer e dotar de informação útil os nossos jovens.
Nós Juventude Socialista, temos um enorme orgulho quando "erguemos a bandeira do nosso partido" quando nos solicitam, mas temos ainda mais orgulho quando debatemos e nos afirmamos no panorama político através das posições que assumimos.

Amanhã não fiques em casa e vem debater connosco!

21:30 no Edifício, Nova Trofa


terça-feira, 20 de maio de 2014

COMUNICADO

Prezados leitores, 
Contrariamente a outras páginas, o blog da JS Trofa sempre deu liberdade de expressão a todos os leitores que na caixa de comentários quiseram manifestar a sua opinião, não existindo qualquer tipo de aprovação prévia à publicação. 
Contudo, e face a sucessivos comentários em que o único teor dos mesmos foi o insulto fácil e infundado, com linguagem indigna,e sempre atrás de um perfil anónimo, a JS decidiu que de agora em diante adotará uma postura radical no que toca à publicação dos comentários. 
Os mesmos continuarão livres, sem necessidade de validação por parte da administração do blog, no entanto, caso o teor do mesmo seja de insulto ou provocações excessivas e que em nada estejam relacionados com o assunto do post, os mesmos serão de imediato removidos.
A liberdade de expressão foi uma das grandes conquistas de abril, contudo, a nossa liberdade começa onde termina a de outrém, por isso, não compactuamos com faltas de respeito, seja para com quem for. 
Agradecemos a todos a participação no debate político, e apelamos ao mesmo, mas com nível e moderação. 

A JS Trofa

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Montras de abril



No passado dia 24 de Abril a JS Trofa comemorou os 40 anos do 25 de Abril junto dos Trofenses. Para assinalar esta data tão especial para nós, nada melhor do que homenagear a cultura e a educação, duas das maiores conquistas do 25 de Abril de 1974. Para tal, a JS Trofa decidiu fazer algo inédito, utilizar as montras do comércio tradicional para fazer uma exposição alusiva ao dia. Convém não esquecer, que um dos deveres desta estrutura é promover os seus, e neste caso nada melhor que dinamizar o comércio tradicional, promovendo nas ruas um ambiente nostálgico e agradável a todos que por ali passaram.
 A JS endereça um agradecimento especial a todos os comerciantes que se associaram a esta atividade, prometendo-lhes que podem contar connosco para que mais iniciativas como estas se realizem.
Não obstante à importância dos comerciantes, esta iniciativa só foi possível devido ao excelente contributo da maioria dos alunos de artes (10º/12º ano) da Escola Secundária da Trofa, uma vez que foram eles que criaram os trabalhos para a exposição. A JS Trofa deixa aqui um agradecimento especial a cada um dos alunos que contribuíram com trabalhos fantásticos, assegurando-lhes que iniciativas como esta se repetirão num futuro próximo, uma vez que é nosso dever apoiar e promover os nossos jovens, para que possam mostrar todo o seu talento e valor.
Agradecemos igualmente à Associação de Estudantes da Escola Secundária da Trofa, na pessoa do seu Presidente Miguel Guimarães, a sua disponibilidade e total empenho nesta iniciativa. Várias foram as reuniões e os contactos permanentes para que nada faltasse aos seus alunos. Ao Miguel endereçamos um agradecimento especial e dizemos-lhe que este é o caminho certo, pensar e proporcionar o melhor aos alunos da EST.
Para complementar a iniciativa vários elementos da JS distribuíram centenas de cravos pelas ruas do centro da Trofa, devolvendo por algumas horas, o espírito de Abril aos mais velhos, e incutindo nos mais novos a importância de honrar os que lutaram pela nossa liberdade, mostrando-lhes que temos que lutar por um Portugal com futuro para os jovens.